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Desafios

PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS

Como tornar a prevenção e o combate aos incêndios mais eficientes, reduzindo impactos à fauna? Buscamos soluções práticas, aplicáveis e/ou de baixo custo que aumentem a eficiência das ações de prevenção e combate aos incêndios no Cerrado.

Exemplos:
  • Técnicas e metodologias para aumentar a eficiência de prevenção e combate aos incêndios no Cerrado;
  • Equipamentos e insumos simples e replicáveis para facilitar e tornar o trabalho das brigadas de incêndios florestais mais eficiente e seguro;
  • Soluções práticas para reduzir o impacto dos incêndios sobre a fauna;
Contexto:

A relação do Cerrado com o fogo é muito antiga. A ocorrência de incêndios no Cerrado data de mais de 32 mil anos atrás. Os povos nativos do Brasil sempre usaram o fogo em suas atividades do dia-a-dia. O problema é que nos tempos atuais o fogo vem sendo utilizado indiscriminadamente em práticas agrícolas e pastoris e muitas vezes trazendo dano à biodiversidade. Embora seja um bioma com ambientes, na sua maioria, adaptados ao fogo, o Cerrado vem sofrendo com os incêndios antrópicos, especialmente durante o período de estiagem.

O território do Nordeste Goiano se destaca por possuir os municípios com os maiores registros de focos de incêndios de todo o estado de Goiás. Cavalcante é um exemplo. Em 2020, conforme o programa de monitoramento do Inpe, o município registrou um total de 328 focos de incêndio. Esse cenário fica ainda mais complicado quando consideramos os eventos climáticos extremos, como secas prolongadas e o aumento das temperaturas, que criam situações ainda mais propícias para os grandes incêndios. Para enfrentar essa problemática, o território conta com brigadas de incêndios florestais que juntas formam uma rede de prevenção e combate a incêndios. Essas brigadas são constituídas por profissionais treinados contratados pelo ICMBio, PREVFOGO/IBAMA, SEMAD e principalmente por organizações voluntárias que, junto às brigadas públicas, somam esforços na defesa do patrimônio natural do Cerrado.

PRODUTOS NATIVOS DO CERRADO

Como agregar valor às cadeias dos produtos nativos do cerrado? Buscamos soluções que agreguem valor e aumentem a eficiência das cadeias produtivas do Cerrado (com foco prioritário em baru, pequi e buriti)

Exemplos:
  • Equipamentos de baixo custo e acessíveis que tornem os processos relacionados à base de produção mais eficientes;
  • Arranjos de comercialização que agreguem mais valor à produção;
  • Soluções logísticas para o escoamento da produção mais eficientes.
Contexto:

O Nordeste Goiano, com aproximadamente 4 milhões de hectares, é considerado uma região estratégica para a conservação da biodiversidade. Não à toa, em 2000, foi reconhecido pela Unesco como uma Reserva da Biosfera. É o lar de diversas espécies de animais e plantas com grande valor para a conservação e também para comunidades tradicionais que dependem delas para o seu sustento. Nesse sentido, um dos maiores desafios para esta região é alcançar o desenvolvimento econômico inclusivo e sustentável, sendo capaz de manter a integridade do Cerrado, preservar a cultura local e gerar oportunidades de desenvolvimento humano.

Uma das possíveis saídas para esse desenvolvimento está no fomento às cadeias produtivas da sociobiodiversidade. Normalmente, esses negócios comunitários estão associados à comunidades extrativistas e à agricultura familiar, tendo como foco, na sua maioria, a comercialização de polpas e sementes de frutos nativos. Pela falta de infraestrutura e de profissionalização, os negócios comunitários encontram desafios, como a ausência de estratégias comerciais, capacidades institucionais e recursos necessários para alavancar a comercialização de seus produtos para além dos mercados locais. Por consequência, o valor agregado dos produtos e a capacidade de geração de renda ficam muito aquém do potencial efetivo.